Álcool e garotas: perigosa estatística em ascensão

[vc_row 0=””][vc_column width=”1/2″][vc_column_text 0=””]Embora já tenhamos várias pesquisas nacionais e internacionais sobre o assunto, não é preciso recorrer a nenhuma delas para constatar que as adolescentes têm consumido cada vez mais bebidas alcóolicas. Já faz umas duas décadas que, infelizmente, cenas de garotas embriagadas em festas, bares, shows, comemorações de toda natureza, são “comuns” para muitos de nós, como sempre foi com relação aos garotos.

O que as levam a exagerar na dose, cada vez mais cedo?

Tenho a oportunidade de conviver com adolescentes com uma certa frequência, e, numa das boas conversas que tivemos, perguntei para uma garota o que ela acha que acontece com a geração dela. Ela me disse: “É muita competição, você não sabe o que elas fazem para serem notadas. A maioria é tímida, tem baixa estima, então bebe para se soltar e se atira nos meninos, beijando todo mundo”.
E eu completo: no fim da noite, entram cambaleantes dentro de um táxi e o motorista, se não for uma boa pessoa, pode fazer o que quiser com elas. Quando chegam em casa, muitas vezes os pais reclamam da hora, do quanto a garota gastou, e não querem ter o trabalho de enxergar o que realmente está afastando sua filha do exercício precioso da autenticidade.

É muito importante que os pais se analisem, antes de analisar sua filha. O pai e a mãe são pessoas que buscam o autoconhecimento, seja por qual caminho for, e cultivam esse valor dentro de casa? Enxergam o autoconhecimento como poderoso tônico para a autoestima? Qual o passo atrás em sua forma de viver que os pais precisam dar em suas vidas para conseguir dar o suporte que a filha precisa nessa fase tão delicada?

Os pais que estiverem conectados consigo mesmos poderão ajudar a filha a lidar com suas emoções, com os incômodos próprios da idade, decepções e frustrações, sem precisar se apoiar em muletas, como o álcool. Ou, ao contrário, a garota vai seguir achando que o mundo está sempre contra ela, que tudo o que acontece é culpa do outro e que ela é sempre a vítima, não saberá lançar um olhar para dentro de si e achar suas próprias qualidades, se respeitar, cuidar de si e do seu corpo.

Esse é o exercício da autoestima, da autenticidade. Se na idade adulta incorremos sempre no erro da comparação da nossa vida com a vida do outro, imagine quando se é adolescente e se vive numa época como a nossa, em que tudo é externo, tudo é ter, tudo é aparência.

Uma menina gordinha que não se sente amada, não se valoriza, vai a uma festa e é quase certo que irá beber para se sentir uma princesa. O efeito do primeiro copo é delicioso (“sou eu mesma, dou risada, acho a vida linda); a segunda dose costuma resultar em idiotização (sou muito boa em tudo, faço e aconteço). Do terceiro em diante, tudo pode acontecer… E o pior é que, agora, a moda entre os adolescentes é beber vodka e gym misturados com outras coisas. São bebidas fortes que sobem rápido e os ônus costumam ser graves, entre eles acidentes, quedas, violência, sexo sem proteção e o que pode ser tão pior quanto tudo isso: o início de uma dependência química.

Recentemente, pude testemunhar o quanto um dia de trabalho voluntário iluminou alguns adolescentes que conheço, como eles se sentiram importantes, como elevou sua autoestima… Ajudar os outros, por algum mistério maravilhoso, nos preenche e traz grande felicidade. Esses jovens foram por iniciativa própria? Podia até ser, mas, nesse caso, foram levados pelos pais. Pois é…[/vc_column_text][/vc_column][vc_column width=”1/2″][us_single_image image=”191″ size=”tnail-1×1″][/vc_column][/vc_row][vc_row 0=””][vc_column 0=””][/vc_column][/vc_row]

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