Escritaterapia – Marta Berardo

[vc_row][vc_column][us_single_image image=”165″ size=”full” align=”center”][vc_column_text]Marta Berardo tem 52 anos, um filho de 13 e mora no bairro de Santa Teresa, cidade do Rio de Janeiro. Massoterapeuta com mais de 20 anos de prática, ela sempre gostou de trabalhos que têm o corpo como protagonista. Fez cursos de consciência corporal, dança, teatro e fisioterapia. Quando decidiu enveredar pela massagem, bebeu em várias fontes, com formações em massagem tailandesa, de integração, pedras quentes, shiatsu, ayurveda, relaxante, craniana, entre outras, até conceber seu próprio método, que ela chama de massagem integrativa.

Em 2017, Marta passou a atender a domicílio. No trajeto de metrô entre um cliente e outro, ela observa a fauna humana e registra o que sente em textos escritos, na maioria, no bloco de notas do celular. O que mais desperta sua atenção são cenas do cotidiano.

Sempre admirei Marta por ser uma pessoa esforçada em tudo o que faz e, agora, ela me surpreende com esse gosto pela escrita. Gosto das mulheres que fazem. Marta é uma delas, nunca se vitimiza, se vira. Fiquei com vontade de saber mais e divido com vocês o papo que tivemos, dia desses:

Desde quando você tem o hábito de escrever, Marta?
Quando era adolescente, por volta dos 16 anos, gostava de escrever em forma de diário, como as meninas da minha idade costumavam fazer. Eu sentia que, escrevendo, conseguia me entender melhor, e continuo achando isso. Cheguei a cursar a Faculdade de Letras, mas acabei optando pela dança.

Você sabe por que essas cenas nada glamorosas puxam seu olhar, sua escrita?
Acho estressante a rotina de quem precisa usar o transporte público, hoje em dia. Como passo muito tempo em trânsito, sou afetada por esse estresse e pelo comportamento das pessoas com as quais preciso dividir a viagem. Sinto que essas cenas me atraem porque alimentam meu olhar irônico, sarcástico. Escrever sobre elas ajuda a mudar meu estado de espírito, a contornar a irritação que, muitas vezes, surge no cotidiano de quem vive numa cidade grande.

O que teria a dizer aos homens, mulheres e jovens sobre como viver nos dias de hoje, no Rio, mantendo a alegria de viver (nem sempre, claro)?
É preciso ter determinação, disciplina, presença, amigos prestativos e generosos e, principalmente, valorizar a alegria e o trabalho de ter filhos, e cultivar o sentimento e amor geral.

Você se apega a alguma religião, filosofia, seita?
Como é Deus para você?
Não me apego a nenhuma religião específica. Há muitos anos me trabalho com a psicanálise, exercício diário de auto-observação. Com Deus tenho uma relação pessoal, onde a intimidade é revelada na dor, nas alegrias e na humildade.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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