Porque somos todos adictos?
Por Stella Rebecchi
“Porque somos todos adictos?” Assim, escreveu Dr Andrew Weil, médico da medicina integrativa, nascido na Filadélfia em 1942, que acredita que todos temos algum tipo de compulsão e que através de maior compreensão e conhecimento de nós mesmos, podemos deixar de ser adictos de nossas adições! Por esse caminho, podemos entender melhor o porque Os Doze Passos de Alcoólicos Anônimos é usado em todos os tipos de compulsões, incluindo atualmente dependência de textos* , celulares e internet, dependência de amor romântico, doenças crônicas, sobrepeso, anorexia, diabetes, e por ser um caminho para o autoconhecimento e de descoberta da força interna.
Os Passos contêm todos os elementos necessários, tanto para recuperação, como um trabalho de conhecimento sobre si e espiritualidade que pode ser aprofundado a cada dia de nossas vidas, trazendo vontade, clareza, reconhecimento, reconciliação, portanto, uma alegria de viver que não imaginávamos ser possível através de nossa transformação.
Para quem não sabe, em 1935 foi fundado em Akron – USA, por Bill W e Dr Bob, os Alcoólatras Anônimos. Simplesmente AA. Inicialmente para o tratamento do alcoolismo e mais tarde estendido para todos os tipos de dependência química e compulsões, incluindo os familiares, amigos e conhecidos de dependentes. Em seguida foi criado o Programa dos Doze Passos, como modo de codificar o processo que acharam funcionar para eles pessoalmente. Desde então começou a dar certo a recuperação de muitos portadores da doença do alcoolismo. Contribuíram para os Passos, o Reverendo Samuel M. Shoemaker, dos Grupos Oxford, Bil W. um dos fundadores de AA, Dr. William Silkworth, médico psiquiatra, Dr Carl G. Jung, também médico psiquiatra. Através deste programa, perceberam um nível surpreendente de recuperação e assim foram adaptando os passos à compreensão de todos. Dr Jung teve um grande insight ao perceber que sem uma abordagem espiritual, as recuperações não iriam à frente. Lembrando que o conceito espiritual não é religioso. Apesar de citar muitas vezes o nome de Deus, acrescentaram “como cada um O concebe”.
Não são muitas pessoas que conhecem essa filosofia.
