Tem dias que não estou com nada

Tem dias que não estou com nada

Por Stella Rebecchi

Tem dias que não estou com nada. Vontade de nada. Nem de fazer exercício, nem de olhar o rio que deve estar lindo depois de tanta chuva, nem de comer, nem vontade de tomar banho e me vestir. Grave! Deve ser uma espécie de depressão. Ou tristeza. Fatos chatos ocorreram e me tiraram o sono e a disposição. Ainda bem que esse estado é passageiro. Não é crônico, passa.

De manhã, após uma pessoa me mostrar o dedo indicador, outra, um safanão a meu afago de paz, percebi que não estava com nada. Que fui mal entendida, e acabei por magoar pessoas. Eu nunca deveria falar o que penso quando estou numa discussão ou sendo confrontada. Não falo o que  penso, as palavras certas me fogem, fico nervosa, dando margem aos outros interpretarem da forma que os convém. Sinto-me incompetente nesse momento.  Então, mesmo sabendo que de algum modo estou com a razão,(acho), essa situação ataca meu corpo, e entram em meu cérebro um exército chinês de mini formiguinhas, muito agitadas trabalhando em alguma coisa.

Eu as percebo, meu cérebro se agita junto. Algumas seguem por uma trilha tortuosa, sempre marchando em perfeita ordem, chegam ao meu coração estremecendo-o com todo esse batalhão. E o acelera. Não adianta deitar, não consigo ter atenção para respirar fundo. Elas são tinhosas e trabalhadeiras. Só vão parar de trabalhar na hora de descansar.  Não vou atordoá-las com Rescue, Valeriana ou outra coisa qualquer. Tenho outros métodos. Meu momento se agrava com a série Grey’s Anatomy na televisão, que não consigo parar de ver. São várias situações que me remetem ao que já passei, fazendo minha memória acordar da anestesia e reviver de forma clara, o que estava dormindo há tempos e bem profundamente. E nessa energia, mais a dos outros, tudo fica maior e se agrava criando um vasto tumulto. Que é lógico, não precisava ser assim.                                                                                  

Tem dias que não estou a fim de nada

São os meus, os deles, múltiplos “eus”, carentes, inconformados e não crescidos que promovem tudo isso. Ai de mim não existe mais! Pelo menos isso. Deixei de ser vítima faz tempo. E vou sair dessa estranha sensação de culpa já, já! E quem me ajuda a sair desses sentimentos é Maria, a mãe de Jesus, mulher de José, que brilha como Mahindra, a consciência cósmica da Mãe Divina, que emana frequências luminosas que sintonizam meu coração com o Sagrado Coração da Mãe Divina.                                          

E pronto, “Acabou Chorare”! Já estou ouvindo música! Gratidão.

Amém!

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