FICA O DESAFIO Por Stella Rebecchi

Fica o desafio

Por Stella Rebecchi

Na última crônica que escrevi, foi sobre estar cansada do uso do celular, do tablet, do computador e por causa do bombardeio de informação, a explosão de narcisismo, do excesso de opiniões, etc. Atualmente, estou conseguindo usar com mais controle e fazendo escolhas melhores do que leio e posto. Como meu foco sempre foi compulsões, o uso compulsivo da tecnologia me assusta bastante, principalmente pelos jovens que
estão abusando dos eletrônicos. Em minha visão, como viciada nos estudos do corpo, mente e espírito, sem querer me meter nas descobertas dos cientistas, a preocupação é com o estreitamento da mente, podendo gerar esquecimentos prematuros, limitação da criatividade, entre outros distúrbios e em último caso, palidez! Sim, palidez, falta de sol, de movimento corporal, ausência de flexibilidade das juntas e da mente! Um apego danado pelo sofá, pela poltrona, que até já está deformada, pela cama, pela almofada no chão. Uma preguiça muito grande até de se espreguiçar.
Óbvio que tem seu lado positivo. Cada vez aparecem mais mentes brilhantes e nerds. Mães podem descansar e sossegar com a tranquilidade dos filhos agitados com um aparelho brilhante nas mãos. Por um lado isso é uma maravilha, por outro, um grande perigo Cada vez mais os fisioterapeutas estão tendo trabalho para consertar dores na lombar e problemas mais sérios na cervical.

Como meu foco sempre foi compulsões, o uso compulsivo da tecnologia me assusta bastante, principalmente pelos jovens que estão abusando dos eletrônicos.

Não se esquecendo dos oculistas que apontam a importância de piscar, de manter os olhos umedecidos. Durante esta pandemia, esta peste, a coisa piorou muito. Tudo é via internet, (o objeto de maior luxo agora.) Sem uma boa internet, as pessoas piram! Pobres daqueles tão pobres que nem computador têm, imagine internet. Nem estudar podem. Dureza. Muita gente “se drogando” com filmes e games. Onde se alienam, saem da realidade e encurtam o dia.

Não existem evidências concretas que os celulares sejam perigosos, deixando-os ligados na cabeceira da cama enquanto estamos dormindo. Isso não significa que não haja motivos para preocupação. Eles liberam energia de radiofrequência que pode ser absolvidas pelos tecidos do corpo. Existem estudos dos efeitos adversos na retenção da memória dos jovens (coautoria de Röösli) Por que será que algumas pessoas deixam o celular
ligado à noite sem ter motivo sério? Despertador, alguém de longe pode ligar,não podem perder nada?
Voltando ao vício que o uso abusivo traz, a saída é se colocar limites. Tantas horas por dia, intercaladas com olhar pra fora, caminhar se possível, beber água, alongar-se, dançar se sacudindo por inteiro, passear com o cachorro, rezar uma Ave Maria, socar almofada, abrir e fechar a geladeira, (outro vício!)  Qualquer coisa, desde que descanse a mente, os olhos e mexa o corpo. Podemos usar o SÓ POR HOJE para SÓ POR UMA HORA ou SÓ POR DUAS HORAS, etc. Ajuda muito. Porém, será que temos VONTADE de nos fazer bem? Vontade de nos comprometer, sendo que para isso, teremos que entrar numa zona de desconforto por uns dias, poucos dias?
Fica o desafio.

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