Motorista de táxi – ELE

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Não sei quanto de verdade tem essa história.
Me foi contada por um motorista de táxi e depois pela moça que andou no táxi com ele.
A cidade é o Rio de Janeiro. A noite, uma quinta feira qualquer. A balada,  na Lapa.

ELE

Uma moça me fez sinal na Mem de Sá. Estava sozinha, meio descabelada. Todas elas são descabeladas hoje em dia, minha filha também. Me chamou a atenção é que ela estava descalça só de um pé. Pensei, deve ter quebrado o salto ou perdeu! Estava com pouca roupa e bem despencada. Entrou e perguntei pra onde. Custou um pouco a se situar e lembrar para onde queria ir. Pra casa, disse meio pastosamente. Perguntei onde e ela me deu o nome de um condomínio de casas na Barra. Por sorte eu sabia, mas qual seria a casa?

Por um bom tempo falava coisas sem nexo, cantava e abria o vidro zoando as pessoas na rua. O dia estava amanhecendo. Pediu pra parar o táxi num bar ainda aberto para uma saideira. Não lhe dei ouvidos. Se irritou e gritou comigo, me agredindo. Fingi que não ouvi, poderia ser minha filha, fiquei imaginando. Pare, pra já. Quantos anos você tem? Já sou maior. Mentira, pensei eu. Deve ter 17. Mas ficou quieta.

Foi quando senti uma respiração na minha nuca. Achei que estava imaginando. Depois as duas mãos dela foram descendo pelo meu peito, rodeava meus mamilos e fui ficando nervoso e comecei a suar. Pare moça, estou dirigindo. Você não está bem. Queria chegar logo na casa dela, me livrar dessa encrenca que poderia ser muito encrencada. Foi então que ela resolveu pular para frente. Parei o carro.  Estava em pânico, ao mesmo tempo excitado com a garota. Que fazer, que fazer?

Quando foi se chegando pra me abraçar ou beijar, nem sei, dei um pulo, abri a porta e saí do carro. Dei a volta, a puxei para fora e disse que ia deixá-la ali para ela pegar outro táxi. Fiz isso porque ela me lembrava minha filha. Se não tivesse pensado nisso, a teria jogado no banco traseiro e clau! E clau quantas vezes quisesse.

Me implorou para levá-la para casa e jurou que ia se comportar. Acreditando nisso e não querendo que fosse verdade, coisas de homem, fui mais rápido que podia.

Minha cabeça dava voltas, estava doido pra dar um amasso na garota e ao mesmo tempo uma voz dizia para eu me controlar. Ninguém iria saber mesmo. Quem consegue segurar o touro à unha? Mermão, é um touro!  Não seria a primeira vez que isso me acontecia. Saquei que meu coração estava a mil por hora. Puta, mas que merda, é uma garota bêbada, drogada, da idade da minha filha. Que louco!

Chegamos no condomínio, ela no banco da frente tentando passar a mão por cima da minha calça. Quase enlouqueci! Puta que pariu, para, moça!

É aqui, é aqui minha casa! Não tenho chave, toca a campainha. Fiquei sem graça por tocar a campainha do jeito que eu estava. A porta abriu depois de um bom tempo, uma mulher sonada, descabelada, olhou para a menina com cara de saco cheio e falou: Não aguento mais ter que acordar a essa hora e pagar táxi pra você! Quanto é?

Fiquei besta. Não olhou para o estado da garota, não perguntou se estava passando bem, onde estava até aquela hora, nada, não estava nem aí. Só reclamou de quanto tinha que pagar. Recebi e saí zoado. Fiquei pensando em quantas mães e pais não estão nem aí pros filhos. Devem beber e se drogar assim porque são órfãos de pais vivos e se sentem carentes e sem importância.  Que eu podia ter abusado dela como quisesse, quantas vezes quisesse e podia tê-la jogado num mato qualquer. Tive um arrepio e me mandei. Poderia ter sido minha filha numa situação dessas. Prometi que seria mais atento com minha menina, minha princesa, que tentaria me controlar e rezava para não cair numa cilada dessas. Não tem jeito não, “mermão”, só Jesus salva!

Stella Mar[/vc_column_text][vc_column_text][/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][/vc_column][/vc_row]

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