Encontrar, O Palhaço que está escondido em todos nós.
Por Stella Rebecchi
Hoje, falo por mim: custei muito para encontrar minha autoestima. E mesmo assim tem dias que ela cai por terra. Por bobagem, por falta de vigilância, pelo ego que adora detonar com a gente. A espécie humana é a única na terra a se relacionar consigo. O gato, o cachorro, o macaco, a baleia, o gambá, plantas, pedras, nenhum deles tem qualquer problema com autoestima. Criamos uma imagem mental e nos relacionamos com ela. E falamos com ela como se a víssemos e muitas vezes nos sentimos mal com essa imagem. E sabemos que podemos mudar nosso relacionamento , mas quem disse que queremos nos esforçar para isso? Acredito até que tenho um apego, uma estimação. E tento achar o motivo desse apego.
O que ganho com isso? Igual a algumas doenças que trazem ganhos secundários? Será? Preciso pensar melhor. Muitas vezes a autoestima é comparativa. Nem sempre adianta falar que eu me amo, como um mantra. Às vezes pode até dar certo, mas não vai durar. A mente sempre irá comparar o EU com o ambiente. Precisamos de relatividade, o ego sempre vai comparar. Dureza! Eckhart Tölle acha que “podemos ser completamente autossuficientes para que a imagem da mente se dissolva.” Está escrito em seus ensinamentos. Preciso ler mais Eckhart Tölle!
Aí, que pra mim, entra o Palhaço e sua habilidade de viver o presente, sem escutar a voz do passado cantarolando o tempo todo em nossos ouvidos. Ele leva a vida menos a sério, vê o Bem que há em tudo e não fica,obcecadamente, conectado com o Mal.
Ele ajuda a cortar o ego: não se importa com o que os outros pensam, apenas ouve a si mesmo. Ele é um altruísta que não depende do exterior, segue seus instintos e busca seu caminho interior. Ele é puro amor. Ele se conhece. Sim, ele se conhece, portanto é leve, já percebeu as armadilhas do ego.
O verdadeiro palhaço é livre e é por isso que é um caminho de liberdade…
( Clown in Confidence)
